Quando você volta de viagem
você está energizado
ou endividado?
Se você respondeu endividado, leia este post, pois ele de forma simples pode te ajudar!
Gostaríamos de deixar claro que não somos especialistas em economia; mas durante muitos anos planejando viagens e viajando, aprendemos alguns truques para economizar e não voltar carregados de dívidas e sim de boas lembranças e com muitas experiências renovadoras.
Vamos entender neste post como dívidas, aquelas que você não conseguimos pagar no prazo e irão gerar pagamento de juros, ou ainda que poderemos ter alguma dificuldade para pagar.
A primeira regra para quem quer viajar, desfrutar de todas as experiências e guardar estas boas experiências por muito tempo, é não ter dívidas e a segunda dica é: Não tenha dívidas... Rsrsrs
Para deixar ainda mais claro, quando você está endividado, não viaje. Por mais que você possa estar passando por um momento difícil e pense que uma viagem irá te ajudar, você está enganado, momentaneamente a viagem pode te trazer uma sensação de bem-estar, mas em um momento logo após a viagem quando as contas se acumularem e as dividas aumentarem você perderá todo o bem estar e estará ainda mais afundado.
Antes de Viajar
Incrível como viajar é bom, pois até mesmo antes de viajar ficamos mais felizes, inclusive existem estudos que comprovam isto, leia esta matéria da revista Viagem: Planejar uma viagem faz bem para a saúde mental. Mas mais que isso pode te poupar bastante dinheiro.
Todos nós temos aqueles lugares que mais gostamos e também a viagem dos nossos sonhos, mas se for para gastar mais do que você pode, escolha uma viagem para o seu bolso no momento.
Encaixe a viagem no seu orçamento, os passos abaixo podem te ajudar:
Época da viagem
Logicamente que se você pode viajar fora da alta temporada pagará valores muito mais baixos em hospedagens e atrações. Claro que têm os eventos que funcionam em épocas específicas como o Natal Luz de Gramado ou o Festival de Inverno de Campos de Jordão, ou ainda atrações que a temporada é determinada pelas estações climáticas, afinal é quase impossível pegar uma praias na região sul e sudeste do país no inverno.
Mas se não é este o caso, você pode economizar muito fora da temporada. Existem ainda os casos como o nosso, que por motivos de trabalho, ou filhos na escola ou outros compromissos que não permitem viajar fora da temporada; mas mesmo assim, ainda dá para economizar alterando a viagem às vezes em apenas uma semana, vamos dar um exemplo aqui, com duas viagens que fizemos em janeiro de 2017.
A primeira viagem seria para Arraial D'Ajuda na Bahia, na segunda semana de janeiro. Depois, voltaríamos pra casa e aí iríamos para Delfinópolis, na Região da Serra da Canastra, em Minas Gerais. Mas no meio do planejamento, percebemos que se invertessemos a viagem, a hospedagem ficaria até 60% mais barata! Lógico que mudamos as viagens e o que foi melhor, é que quando em Arraial D'Ajuda o pessoal disse para nós que na semana anterior estava insuportável de tanta gente que tinha lá... que alívio! Pois nós pegamos um clima super agrádavel e curtímos muito.
Comprar coisas para a viagem
Quantas vezes as pessoas logo após confirmar uma viagem começam a comprar "coisas para a viagem", principalmente roupas e acessórios. E nesta situação, mesmo antes de viajar já começam a gastar e com muito mais coisas que precisam para a viagem. Um exemplo clássico é quando a pessoa vai passar uma semana na praia e compra dois sapatos, 5 roupas de banho, 10 camisetas, bermudas, calça, saias etc...
Quando se dá conta já gastou a mesma coisa que gastaria na viagem ou até mais; na maioria das vezes, fazem malas enormes e não usam a maioria das coisas que levou. Carrega peso, gasta mais combustível e se for de avião ainda paga depacho de bagagem, além de perder tempo aguardando a mala ser liberada. O pior de tudo é quando você volta e percebe que não usou nem a metade das roupas que foi obrigado a transportar.
A maioria das pessoas leva um monte de coisas, com as desculpa de "mas e se estragar alguma roupa?", ou "e se faltar alguma coisa?"... se você não vai para um lugar extremamente afastado e alguma coisa acontecer, compre o que precisa no lugar e se vai para um lugar muito afastado, não vai fazer muita diferença se uma roupa manchar, cair um botão ou fizer um pequeno furo.
E ainda tem as compras de coisas no Aeroporto ou nas paradas de estrada. Não recomendamos essa prática, as coisas geralmente custam muito mais caro nestes lugares e na maioria das vezes só vendem coisas que você muitas vezes não precisa.
Não gastar com o que realmente é importante
Muitas vezes gastamos com muitas coisas que não necessitamos e não gastamos com o que realmente importa, como revisão do carro, seguro do carro, seguro saúde e de vida em caso de viagens internacionais. Ter um problema de saúde no exterior pode sair muito caro, portanto se informe bem antes de viajar e contratar. Pacotes de internet e celular, podem ser extremamente úteis em situações de emergência quando é necessário se comunicar com alguém.
Durante a Viagem
Compras durante a viagem
Novamente vamos falar de compras, a grande verdade é que viajar traz muito mais felicidade que comprar coisas, e não somos só nós que dizemos isso; leia esta matéria da revista Época: Compre experiências e Não Coisas , que fala exatamente sobre isso. Mas não adianta chegar no destino de viagem e comprar todo tipo de souvenir e lembrancinhas, além dos presentes para todo mundo que você conhece. A maioria das pessoas que você der uma lembrança pode achar que você estar contando vantagens, outros alguns dias depois vão guardar aquela lembrança e nem vão se lembrar onde ela está, em breve quase tudo vai parar no lixo.
E aqui temos mais um exemplo, em 1999 estávamos em Paraty-RJ e vimos uns mexedores de drisks feitos em madeira e bambu, que pareciam ser bem artesanais, então compramos. Poucos meses depois, estávamos nós pela Rua 25 de Março, no centro de São Paulo e nos deparamos com os mesmos mexedores de drisks, custando 25% do que pagamos!!!! Para quem não conhece São Paulo, a Rua 25 de Março vende tudo que é produto vindo da China e de outros países famosos por vender produtos de qualidade, digamos assim, duvidosa, mas o que podemos ter certeza é que os mexedores de drinks não eram artesanato local e nos custaram muito mais do que realmente valiam.
Viva a experiência que o lugar te proporciona e não o consumismo, assim você poderá viajar muito mais e curtir muito mais a vida e não ter uma casa cheia de coisas.
Mas se você é daqueles que coleciona canecas, camisetas, imãs de geladeira etc... Ou ainda tem amigos que quando viajam te trazem lembranças e você não pode deixar eles em branco, você têm duas opções:
Primeiro: Quebre o ciclo, não compre mais nada, pare sua coleção, mude seu estilo de vida.
Segundo: Coloque estes gastos em um orçamento e anote o valor de cada item comprado e controle para que não ultrapasse o valor planejado. Comprar pode proporcionar uma sensação boa, mas momêntanea. Quando estamos comprando podemos nos empolgar com as ofertas, com os produtos que achamos ser únicos e que aquele objeto nos trará novamente a sensação boa que tivémos durante aquela viagem maravilhosa, mas podemos afirmar, nenhum objeto trará a experiência da viagem.
Hotéis, Restaurantes e Atrações
Avalie bem qual é a experiência que você quer em um determinado destino turístico. Lá vai mais um exemplo baseado na nossa experiência: quando fomos para o Jalapão, nosso objetivo era visitar as principais atrações, não tinhamos nem um plano de ter experiência gastronômicas ou de hospedagem, portanto reservamos pousadas simples com bom preço. E realmente aconteceu o que estávamos esperando, saíamos muito cedo, logo após o café da manhã e só voltávamos após o anoitecer. Era tempo só de tomar banho, sair para comer alguma coisa no jantar e voltar para dormir, pois estávamos exaustos, não aproveitamos nada das hospedagens além do bom atendimento dos donos, do chuveiro e da cama. Então pergunto a vocês leitores: havia algum motivo para reservar uma pousada com piscina, ou outras comodidades que não usariámos mas pagariamos por ela?
Com a alimentação também acontece isso; você não precisa ir em todos os restaurantes estrelados de uma cidade, a não ser que seu objetivo seja uma viagem gastronômica e queira comparar os restaurantes conhecer novos chefes etc...
Caso não seja esse seu objetivo escolha um ou dois bons restaurantes, e tenha uma boa experiência gastronômica, mas nos outros dias, busque restaurantes menos badalados, às vezes, você pode encontrar pérolas escondidas.
Pergunte na sua hospedagem sobre restaurantes bons para uma refeição; a pessoa provavelmente irá falar alguns dos mais badalados, mas insistindo a pessoa poderá falará de lugares bons, onde as pessoas da cidade costumam frequentar e não os turistas. Temos dois exemplos destes, o Restaurante do Sorriso em Bento Gonçalves, indicado por um hóspede que viajava regularmente para a cidade a trabalho; o restaurante fica afastado do centro, mas a comida é fantástica, umas das melhores experiências gastronômicas que tivémos na Serra Gaúcha, custando 25% mais barato. Outro foi o Recanto dos Plátanos em Nova Petrópolis, também na Serra Gaúcha, este por indicação de um taxista que costumava ir ali com sua família. Fica um pouco antes de entrar na cidade, custa mais barato que outros Cafés Coloniais que existem em várias cidades da Serra Gaúcha, mas com certeza foi o melhor que já fomos.
Uma ótima opção de atrações, são os parques públicos, normalmente os preços são bem em conta e podem te trazer ótimas experiências. O Jalapão, por exemplo, tem muitas atrações em propriedades privadas que cobram taxa de acesso, mas existem diversas atrações gratuitas como a Cachoeira da Fumaça, Cachoeira da Velha, Dunas, Rio Novo etc.. A Serra da Canastra também conta com grande número de atrações gratuitas. Em São Paulo existem centenas de atrações gratuitas ou com preços muito baixos, que podem agradar muitos turistas e ainda economizar um bom dinheiro.
Depois da Viagem
Depois de viajar é hora de separar as fotos, mas principalmente verificar se o seu planejamento financeiro funcionou, se existem contas que passaram do planejado e se não haverá problemas para pagar estes custos extras e se houver, como será feito para pagar. Não deixe dívidas se acumularem; se houver dívidas, o foco é planejar como pagar. Lembre-se da primeira e da segunda regra, não tenha dívidas, mas se tudo saiu como planejado, é hora de começar a desenvolver o plano para a próxima viagem.
O mais interessante é que uma das coisas que as viagens mais nos ensinaram foi a mudança do nosso estilo de vida, com o intuito de poder viajar mais passamos a comprar menos coisas, viver de forma mais simples, nos dedicar ainda mais às viagens. Isso se tornou um hábito e o nosso estilo de vida, criado por experiências vividas e por conversas com pessoas que encontramos ao longo de todas estas viagens e que nos contaram suas experiências e assim nos transformaram. Cabe a cada um de nós escolher o estilo de vida que queremos, afinal ninguém pode ter tudo o que deseja, leia a história dos homens mais ricos do mundo, na maioria das vezes se dedicaram muito ao trabalho, mas perderam a família, outros acumularam muito mais não aproveitaram experiências, o importante para a vida é ter equilíbrio!
Desejamos que estas dicas te auxiliem a buscar experiências inesquecíveis sem se endividar e sofrer - apenas boas lembranças!
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